Quais são os benefícios da amamentação?

Como escolher entre os diferentes métodos de amamentação ( leite materno, amamentação mista, bomba tira-leite…)? Quais são as fases do desmame?

Neste artigo, veremos os benefícios da amamentação. Quais são as verdadeiras virtudes do leite materno?

Do que é feito? Como a dieta da mãe afeta seu leite? E os substitutos industriais do leite materno? Quais são as bases fisiológicas e anatômicas da amamentação?

Por fim, veremos quais são os vínculos entre amamentação e apego mãe/bebê.

Os benefícios da amamentação

Sua composição

O leite materno adapta-se perfeitamente às necessidades da criança. Segundo Marie Thirion, pediatra, pesquisas científicas comprovam as qualidades do leite materno.

São pequenas proteínas que já estão cortadas em pequenos pedaços. Portanto, o trabalho digestivo é muito baixo para o bebê. Existem também proteínas de defesa contra infecções. Existem açúcares específicos que desempenham um papel importante no desenvolvimento da microbiota do recém-nascido.

A dieta da mãe influenciará não a qualidade do leite, mas seu sabor, e pode modificar o apetite do bebê por leite.

Os benefícios para a criança

Segundo Agathe Le Bourhis, clínica geral, haveria para bebês amamentados um risco reduzido de infecções digestivas, otorrinolaringológicas e respiratórias que requerem internações.

Existe um risco reduzido de alergia durante os primeiros dois a três anos de vida, se a amamentação durar mais de quatro meses.

Pele à pele

Esse contato entre mãe e filho é muito importante, segundo os especialistas.

Sobretudo nos primeiros minutos após o parto, numa espécie de continuidade com o que se passava in utero.

Falta de apoio para as mães

Na França, dois em cada três bebês não são amamentados exclusivamente nos primeiros seis meses.

Para o Doutor Le Bourhis: “Hoje é difícil realizar um projeto de amamentação para as mulheres que o escolhem.

Por um lado porque a licença maternidade é curta, então na maioria das vezes começam e depois, aos dois meses, estão pensando no desmame porque voltam a trabalhar e falta apoio e políticas públicas de saúde para apoiar a amamentação, promovê-la e viabilizá-la até a criança de 6 meses.”

Ela explica os motivos dessa falta de apoio: “Para que esse apoio ocorra, envolve necessariamente um tempo de presença com a criança e, portanto, um investimento financeiro na licença maternidade mais longa. Requer também profissionais que irão intervir com mamães e seus bebês pequenos.

Para Anne Lucas, enfermeira: “A internação na maternidade também é muito curta. Dois ou três dias é muito pouco. .” Ela também lamenta a solidão e a falta de apoio das mães nesse assunto. A amamentação pode ser difícil e dolorosa, daí a necessidade de apoio.

Amamentar não é uma obrigação

Para Anne Lucas, não se deve amamentar a todo custo, como ela explica: “Eu estou do lado das mães. A primeira preocupação das mães ainda é a sobrevivência de seu bebê e ofertar o suficiente para comer.”

De acordo com Marie Thirion: “Em nossa sociedade, uma mãe é sempre culpada, independentemente das escolhas que ela faz. Então, de qualquer maneira, ela está sempre errada.

E assim que o bebê chora, tem colicas, nao faz como como deveria é culpa da mãe que nao esta fazendo algo certo. Então sempre dizem que mães que não amamentam se sentem culpadas mas posso te dizer por experiência que mães que amamentam se sentem culpadas igualmente.”